Goleada e eliminação em casa deverá resultar em desmanche do Umuarama



O vexame diante da torcida – goleada de 6 a 2 -, para o Marechal Cândido Rondon, pela segunda partida das semifinais do Campeonato Paranaense de Futsal Série Ouro, deverá refletir no desmanche do Umuarama Futsal.

Após o jogo o presidente do time e empresário Edvanilson Lopes Romeiro, o Nil, desabafou, entregou o cargo e deixou incerto o futuro do bicampeão estadual. Ontem a reportagem tentou falar com Nil, mas ele não foi encontrado em sua empresa e seu telefone estava fora de área.

Ainda nesta semana, em uma reunião entre diretoria, comissão técnica e jogadores, o facão deve ser anunciado, independente dos compromissos do Umuarama Futsal que vão até o final de novembro, com os Jogos Abertos do Paraná (JAP´s).

Entretanto é muito provável que jogadores com altos salários, não permaneçam no elenco para disputar uma competição de pouco prestígio, se comparado com o Estadual e o Nacional da categoria.

Ontem, o supervisor técnico Írio Daroz Brol, ainda se questionava diante do fracasso testemunhado por milhares de torcedores – havia tempo que ginásio não ficava tão cheio.

Brol rechaçou qualquer situação extraquadra que pudesse ajudar a entender a apresentação melancólica: “Os salários estão em dia. A diretoria não deixa atrasos de repasses de patrocínios, atingir os jogadores”, enfatizou.

Entre torcedores, alguns próximos à diretoria, chegou a ecoar murmúrios a cerca de possíveis descomprometimento por parte de determinados atletas que estariam apalavrados com outras equipes, incluindo o próprio Marechal, para a próxima temporada.

“Acompanho os jogadores de perto e isto é improvável. Não há nada a respeito disso. O que houve foi um abatimento coletivo após algumas falhas individuais. Incompetência sim, trairagem não. Absolutamente”, defendeu.

O supervisor revelou que, local para treinar, devido a ocupação das praças esportivas, pelos atletas dos Jogos da Juventude (Jojup´s), em Umuarama, a equipe deverá descansar esta semana. Para retomar os trabalhos visando o cumprimento do compromisso, feito com a Prefeitura, de representar a cidade nos Jap´s. Porém, não sabe dizer com quantos e quais jogadores. “Aí eu não sei. Quem decide é a diretoria”, concluiu.

Final – A final do Paranaense deste ano será uma reedição do ano passado. Marechal e Cascavel fazem o primeiro jogo no próximo final de semana, em Marechal.

Análise técnica

O técnico Anderson Gasparetto, o Gaspar, atribuiu a derrota a erros individuais que comprometeram o desempenho coletivo. Para ele, o time estava pronto para fazer o seu melhor jogo. Havia empatado em Marechal e começou a partida a todo o vapor. “O que tínhamos trabalhado durante a semana estava muito claro para todos, mas algumas decisões autônomas levaram tudo a perder”, lamentou.

Gaspar acredita que a perda do pênalti – quando a partida estava empatada em 1 a 1 - foi decisiva para que o desânimo abatesse o time. “A perda do pênalti, foi seguida de dois gols sofridos de forma instantânea em falhas individuais. Foi então que o abatimento acabou conosco”, avaliou.

O supervisor técnico Írio Daroz Brol também viu o pênalti perdido como um divisor de águas à frustração. Ele ainda lembrou que Umuarama já havia vivido experiência semelhante na temporada. “Contra o Foz poderíamos ter conquistado o título do primeiro turno, mas um pênalti perdido nos tirou o triunfo. Desta vez o castigo foi mais duro”, denunciou.

Brol e Gaspar recordaram do envolvimento da torcida e agradeceram o incentivo demonstrado. “Os parabéns e reconhecimentos vão para os torcedores. Só temos que agradecê-los”, finalizaram.

(Jornal Umuarama Ilustrado)
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