Exclusivo: Carlos Miguel, ex-Grêmio, fala sobre sua vida, se diz realizado no futebol e afirma que Felipão é o melhor técnico do Brasil

O meia Carlos Miguel, que teve destaque defendendo a camisa do Grêmio, concedeu entrevista exclusiva ao site SHEsportes no último sábado (09). Multicampeão pelo tricolor gaúcho, conquistando duas Copas do Brasil (1994 e 1997), uma Taça Libertadores da América (1995) e uma Recopa (1996), Carlos Miguel teve passagens por Sporting Lisboa, São Paulo e até mesmo o maior rival do Grêmio, o Internacional.

Fotos: Marcos Langaro/SHEsportes                                                                     
De passagem por Santa Helena, onde disputou uma partida beneficente, o atleta e hoje Secretário de Esportes do Município de Cachoeirinha-RS falou sobre sua vida, sua passagem pelo Grêmio de 1992 a 1997 e também sobre seu ex técnico e hoje treinador da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari.

Confira a entrevista exclusiva ao SHEsportes na íntegra feita pelo editor do site Marcos Langaro.

Marcos Langaro: Primeiramente fala sobre sua visita a Santa Helena, onde você disputou uma partida beneficente a APAE, como foi o evento?

Carlos Miguel: Foi um grande evento, maravilhoso. Fiquei muito feliz de participado, mas eu fui somente mais um do cenário do futebol dentre vários jogadores que estivem prestigiando e contribuindo com o espetáculo e sem dúvida eu só tenho a agradecer a todas as pessoas envolvidas.

Marcos Langaro: você foi um dos jogadores mais assediados pelos torcedores de Santa Helena, até pela colônia gaúcha que existe no município. Como você lida com esse carinho do público?

Carlos Miguel: Sinceramente esse carinho todo me surpreendeu. Sabemos que a colônia gaúcha se estende por toda região oeste do Brasil, se pegar do Rio Grande até o Acre sempre terá gaúcho, mas Santa Helena me chamou a atenção a quantidade de torcedores de times do sul é muito grande. O carinho foi enorme, fiquei me sentido em casa e espero ter outras oportunidades de voltar a Santa Helena, não só pela resposta da comunidade e sim pelas razões sociais.

Marcos Langaro: e hoje o que faz o Carlos Miguel?

Carlos Miguel: Hoje sou Diretor de Esportes da Prefeitura de Cachoeirinha – Rio Grande do Sul. Além disso, também tenho uma parceria com Dinho, meu ex-colega de Grêmio e hoje parceiro, aonde a gente cuida da carreira de jogadores de futebol dentro do cenário profissional.

Marcos Langaro: de uma forma ou de outra, mesmo largando o futebol profissionalmente, você sempre tenta se manter envolvido com o esporte?

Carlos Miguel: Tenho esse compromisso com Dinho e fora isso, lógico, tento utilizar toda minha experiência no futebol. Também recebi esse convite do prefeito de Cachoeirinha para assumir a secretaria o que me deixa muito feliz, pois minha contribuição é principalmente junto às crianças, adolescentes e jovens. Procuramos fazer um trabalho dentro de Cachoeirinha para que as crianças possam ter um desenvolvimento neste universo escolar que é a pratica de um esporte, chegando ao objetivo principal que tirar as crianças de um caminho pior.

Marcos Langaro: de 1992 a 1997 você atuou no Grêmio e teve seu auge na carreira conquistando vários títulos. Como você avalia essa sua passagem pelo Grêmio?

Carlos Miguel: Sem dúvidas o Grêmio foi o maior clube que eu já defendi. O grupo também foi o que eu melhor me identifiquei. Com certeza, uma gama de profissionais de qualidade, amizade e de uma inteligência muito grande. Hoje eu sou realizado dentro do futebol por ter participado de um grupo tão vitorioso e tão desacreditado ao mesmo tempo, pois se uniu no inicio de 95. Só tenho palavras boas a dizer, não só pelo Grêmio, mas pelos amigos que até hoje possuo e por ter feito parte de um grupo tão maravilho como foi aquele.

Marcos Langaro: e como é ter o Felipão de técnico?

Carlos Miguel: Felipão é um pai. A gente brincava de chamar ele de papai. É um cara que te ajuda o tempo inteiro, mas sempre vai te cobrar. Ele sabe o quanto ele foi tirar de ti, ele sabe até que ponto você pode render e pode ter certeza que o ele nunca te deixará na mão. Fico feliz pela nossa história no Grêmio ter se dado ao mesmo tempo com a evolução do Felipão como treinador e chegando ao nível que está hoje, sem dúvidas é o melhor técnico do Brasil. Eu não tenho palavras para definir o prazer enorme que tenho em falar que um dia fui jogador do Felipão.

Marcos Langaro: Ano que vem é ano de Copa do Mundo, como você vê a seleção do Felipão? Está preparada para disputar o título aqui no Brasil?

Carlos Miguel: O Felipão deu um grande passo na Copa das Confederações. A seleção deu um passo importante e mostrou para muita gente desacreditada que o Brasil tem condições de disputar o título da Copa do Mundo, mas o nível será outro completamente diferente. Podemos ter certeza que a pressão será diferente, os adversários serão outros e a qualidade destes adversários será muito maior. Mesmo assim, jamais deixarei de acreditar na seleção, ainda mais pelo treinador que tem e pela historia que possui. Se a seleção brasileira ganhar a Copa do Mundo de 2014 seria o auge no nosso futebol, isso pode ter certeza.

Confira as fotos da visita de Carlos Miguel à Santa Helena:












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