Da arquibancada para o campo: jovens atletas do Real vivem “sonho de infância” em primeira final

Dizem que todo menino no Brasil nasce com o sonho de jogar futebol. E esse sonho só aumenta quando você pode acompanhar de perto ídolos ou jogadores marcantes na sua comunidade. Esse é o caso de alguns dos garotos do time do Real, de São Roque, que disputam a sua primeira final de Amador na carreira: Lucas, Dyonei e Lebre.


Dyonei começou acompanhar o futebol vendo seu pai, Paulo Dirksen, vestir a camisa alvirubra. Paulinho, como o conheciam, era lateral mas precisou interromper a carreira por conta de uma lesão no joelho. Hoje jogador, o atacante afirma que o pai sempre o incentivou a defender as cores da comunidade: “eu sempre assistia aos jogos do Real vendo meu pai jogar, mas infelizmente ele se lesionou e nunca mais jogou. Sempre fui incentivado por ele a jogar também e usando as cores do ‘time da casa’ “.


Lucas Silva também sempre foi morador de São Roque e acompanhava a equipe. Ele estava inclusive acompanhando o jogo do último título do Real, em 2018: “lembro daquela final, eu tinha uns 11 anos, a gente acompanhava todos os jogos em casa, mas como ainda éramos criança não conseguíamos ver as partidas que o Real fazia em outros campos. Naquele título a gente comemorou muito, até chinelo a gente lançou pra comemorar”, relembra o hoje lateral alvirubro.


Na final de 2018, o Real foi campeão em cima do Celeste, adversário da final também em 2023. Tanto Dioney quanto Lucas assistiram àquela decisão, mas não só isso. Ambos entraram em campo com os jogadores do elenco titular, no gramado que anos depois viriam a pisar como atletas da equipe podendo disputar o troféu do Amador.


Era uma emoção entrar com os jogadores em campo, e hoje poder vestir essa camisa é ainda mais emocionante. É o time que sempre torci e acompanhei”, menciona Lucas. 


Em 2018 eu era gandula nos jogos em São Roque. Na final eu entrei com o Max, meio campista do time, e hoje poder defender o time de coração disputando uma final é uma alegria imensa”, afirma Dyonei. Ele relembra inclusive a final do ano seguinte, onde o Real perdeu para o Incas nos pênaltis: “fiquei muito abalado, mas hoje tenho a chance que sempre quis de poder ajudar meu clube a ser campeão”.


Erick Klering, o popular Lebre, 19 anos, não tem a mesma história com a comunidade de São Roque que seus dois companheiros de equipe, mas sabe o quanto o título é importante no distrito: “mesmo fazendo pouco tempo que cheguei em São Roque sei da importância dessa final para todos os moradores, incluindo minha família que em grande parte sempre morou no município, além dos amigos que fiz. Todos os membros do Real estão 100% focados para essa decisão e entraremos em campo com um único objetivo: sair campeão”. O atacante, finalizou com um grito popular da torcida alvirubra: “Vamo Real”.


Companheiro de posição e de idade, Dyonei quase deixou pra trás o conselho de seu pai no início da temporada. Ao SH Esportes, ele revela que estava apalavrado para jogar no Água Verde, mas quando houve o convite da diretoria do Real, “o coração falou mais alto”.


FINAIS


Os dois jogos da decisão serão ainda em setembro. O primeiro, em São Roque, acontece no dia 17 e o segundo, na Vila, dia 24, ambos às 15h15.


FINAL - Ida


17/09 - Domingo - Estádio Municipal São Roque

15h15: Real Celeste


FINAL - Volta


24/09 - Domingo - Estádio Municipal de Vila Celeste

15h15: Celeste Real



Dyonei, Lucas e Lebre


Tags