Em Cascavel, ex-capitão corintiano fala sobre Bom Senso FC e tapetão

Em uma confraternização na qual ajudar a Apae Cascavel era o objetivo maior, o Instituo Globoaves ficou lotado na noite de sexta-feira para a segunda edição do Apaexonados por Futebol, evento que reuniu craques do passado e da atualidade em uma partida de futebol que não teve limite para substituições. Isso para proporcionar a atuação de cerca de 200 participantes. As arquibancadas também ficaram lotadas, garantindo o sucesso do evento.

Dentro de campo, a maior atração foi a presença do capitão do Corinthians, o lateral-direito Alessandro, paranaense de Assis Chateaubriand. Aposentado desde a última rodada do Brasileirão, o craque disse que quer seguir no futebol, mas não mais para jogar, e sim para retribuir tudo que esse esporte lhe proporcionou na vida.

Alessandro também fez questão de falar sobre dois assuntos que estão em pauta no momento, o Bom Senso FC e o tapetão. Adepto do movimento de jogadores em prol de um futebol melhor, ele resumiu a iniciativa com o nome da organização. “Bom Senso, a palavra diz tudo, é muito forte. Não é só em prol do atleta, mas em prol do torcedor, do clube, de um melhor futebol, de uma melhor qualidade. Foi criado justamente para as coisas fiquem melhores para todos”, resumiu.

Quanto à possível virada de mesa no Brasileirão, mesmo com o campeonato encerrado, Alessandro foi taxativo. “Acho ridículo toda vez que termina uma competição termos de caminhar para o Tribunal para resolver quem cai e quem não cai. Então o Bom Senso mais uma vez prova o quanto tem que ser mudado no futebol”, destacou.

Prata da casa

A exaltação ao Bom Senso FC e o repúdio ao tapetão foram sentimentos comuns entre jogadores e ex-jogadores que participaram o Apaexonados por Futebol em Cascavel. Prata da casa, o ex-volante e agora auxiliar técnico no Japão, Sidiclei de Souza, também se mostrou indignado com o calendário do futebol brasileiro. “Está bem puxado para os jogadores, que quase não têm férias, quase não têm descanso. Termina uma competição e logo depois já começa a pré-temporada. Fica puxado para o ser humano”, explicou. Quanto à virada de mesa, Sidiclei é adepto da máxima que diz que o jogo tem de ser decidido dentro de campo e não fora. “Essa é parte triste. O futebol brasileiro forte, bem disputado, mas o que estraga um pouco é esse negócio do tapetão”, disse.



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