Copagril sobe dois atletas da base para time adulto

A equipe de futsal Copagril/Sempre Vida/Marechal Cândido anunciou, há poucos dias, a contratação de três atletas experientes para reforçar o elenco deste ano. Mas, além de Willian, Parrel e Rafinha Muller, outros dois reforços foram incluídos, jogadores com bem menos experiência, mas com a mesma vontade de trilhar uma carreira de sucesso como esportistas profissionais. Vindos da categoria de base, Matheus Henrique da Cruz, de Marechal Cândido Rondon, e Rafael Henrique da Silva, de Nova Santa Rosa, se juntam a Augusto César Limberger, de Mercedes, e Carlos Patrik Philipssen, de Marechal, para complementar o grupo sub-18 na equipe profissional.

Desde a sua apresentação na Copagril, o técnico da equipe, PC de Oliveira, vem demonstrando o quanto valoriza as categorias de base e, junto a diretoria e a comissão técnica, abriu mais espaço para elas. “É o início da carreira deles e temos que dar oportunidades para que mostrem seu potencial”, declarou. Como forma de valorizar ainda mais os atletas da região, PC destaca a importância que teria uma equipe sub-20. “Com certeza eles renderiam mais em quadra já no início da trajetória profissional”, destacou.

Com 28 anos de existência, junto à prefeitura de Marechal Cândido Rondon e o Sesi, a Associação Atlética Cultural Copagril (AACC) mantém cerca de 400 crianças mas escolinhas de futsal todos os anos, na sede municipal e nos distritos de Iguiporã e Porto Mendes. São duas etapas de treinamento. Quando chegam, com seis ou sete anos, as meninas e meninos são treinados pelos professores Carlos Dürckes e Karl Schmidt, que é treinador desde a primeira escolinha da AACC. A partir dos 16 anos, quem assume a equipe masculina é Marcos Vila (Gauchinho). “É muito gratificante quando meus alunos chegam à equipe profissional. Isto mostra que o trabalho que está sendo feito pela Copagril, a prefeitura e o Sesi tem resultado positivo e cumpre seu papel de formar atletas”, conta. Para muitos destes alunos, se tornar um jogador profissional e receber um salário para fazer o que mais gosta é um sonho e um projeto de vida. “Eles conquistam a vaga por mérito, por demonstrar dedicação e empenho em quadra, mesmo antes de se tornarem profissionais”, conta Gauchinho.

Com apenas 15, Matheus é o mais novo dos reforços do time profissional. Além de treinar com Gauchinho, integrou a Escolinha de Goleiros Camisa 1, comandada pelo treinador de goleiros da Copagril/Sempre Vida, Ademir Biesdorf. “Fazer parte da equipe profissional é uma oportunidade única. Como pretendo seguir essa carreira, este é o momento de eu mostrar o meu trabalho, saber aproveitar a chance”, conta. Matheus também afirma que será sempre grato à escolinha da AACC, pelo trabalho que abre caminho para futuros atletas.

O também recém-chegado Rafael, de 18 anos, foi aluno por dois anos do técnico Gauchinho na AACC. “Mas eu comecei na escolinha de base de Nova Santa Rosa, que também possui parceria com o Sesi, depois vim treinar na AACC. Sempre sonhei em ser um jogador profissional, e as primeiras portas para isso já se abriram. Sei que tenho que crescer muito ainda, mas quero conquistar o meu sonho, e na equipe profissional vou aprender um pouco mais, vou ter a oportunidade. Agora, só depende de mim. Ainda vou vivenciar muito o mundo da bola”, comemora.

Augusto e Carlos Patrik foram contratados no início do ano para equipe profissional e já tiveram a oportunidade de jogar em jogos oficiais pelo campeonato Paranaense. Augusto até já marcou seu primeiro gol como profissional, contra a Associação Cascavelense, fato que foi muito comemorado por ele, pela família e pela torcida que acompanhava o jogo. Ele iniciou seus treinamentos em Mercedes, onde ainda mora com os pais. Quando completou 16 anos, veio treinar na AACC, com Gauchinho. “É inexplicável a emoção que senti quando fui chamado para fazer parte da equipe profissional. Agora é treinar, jogar e pensar no futuro, e eu quero seguir carreira no futsal. Agradeço a todos, desde a base de Mercedes até o técnico Gauchinho, que me indicou e sempre me incentivou a ir para a equipe profissional”, contou.

A história de Carlos já é um pouco diferente, visto que ele começou sua carreira nos campos de grama, como atleta de futebol. Mas, como sonhava ser parte de uma equipe profissional, aceitou prontamente quando Gauchinho o convidou para ser parte da equipe sub-17 de futsal da Copagril. “Estou muito feliz, é um sonho fazer parte desta grande equipe, conhecida em todo o país. É uma oportunidade de adquirir sabedoria com os atletas mais experientes, e não pretendo parar por aqui, pretendo crescer ainda mais, mostrando o meu trabalho”, contou.

O preparador de goleiros Ade convive com os dois lados, tanto com a rotina pesada da equipe profissional quanto com os pequenos sonhadores das categorias de base. “Todas estas crianças atendidas pelas escolinhas da AACC e de toda a região tem chance de, um dia, terem o esporte como profissão e eles precisam estar prontos em todos os sentidos, tanto na parte técnica, quanto disciplinar e psicológica. E é aí que nosso trabalho faz a diferença e é um orgulho muito grande ver os meninos saindo daqui sendo chamados para jogar em times do Paraná e até outros estados”, opinou.

Para Jaime Vilani, presidente da AACC e do time da Copagril, mais que uma porta de entrada para o esporte profissional, as escolinhas de futsal são um trabalho social. “Buscamos, principalmente, a valorização humana. O desenvolvimento social e cultural é uma das metas da AACC”, conta. Por isso, a cooperativa e seus parceiros investem no repasse de materiais, como camisas e meias para os treinos, e tem um acompanhamento especial com a escolaridade de cada um. “Há um incentivo muito forte para que as crianças apresentem bons resultados nos estudos também, não só em notas, mas na questão disciplinar. Os atletas profissionais, os adultos, sabem que isso faz a diferença na hora de encontrar bons clubes para jogar”, conclui.



(Assessoria)
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